Supermercados miram na eficiência energética
07.03.2016
Com a energia elétrica cara e a restrição para uso do R22 (HCFC), o setor supermercadista tem investido em soluções energeticamente eficientes e ecologicamente corretas. Os sistemas de refrigeração respondem por uma grande parte do consumo de energia no setor varejista e, com isso, a automação tem sido uma das soluções empregadas para reduzir em curto prazo o consumo. O investimento do segmento em eficiência energética começou com a adoção de componentes eletrônicos de controle. Em seguida, as redes passaram a utilizar conversores de frequência para controle de rotação dos compressores, bem como as válvulas de expansão eletrônica e os próprios gerenciadores eletrônicos dos sistemas de refrigeração. A revisão de todo o sistema de refrigeração e a implantação de novos aparelhos de ar condicionado nas lojas também fazem parte da busca pela eficiência energética. Outra ação que tem sido empregada no setor varejista para poupar a energia elétrica é a implementação de portas nos balcões, tanto nas ilhas de congelados como nos balcões de resfriados, laticínios, carnes e até de frutas e verduras. Apesar de algumas redes investirem em automação, ainda há muito que ser feito. Além de diminuir o consumo de energia, outro desafio que o setor encara é o controle de emissões de gases prejudiciais ao meio ambiente. Alguns desses gases estão sendo eliminados por meio de acordos internacionais, com o objetivo de promover o consumo de fluidos refrigerantes mais adequados ao meio ambiente. Um processo que está em andamento no Brasil é a eliminação dos hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), muito empregado pelo setor supermercadista nos sistemas de refrigeração e de ar condicionado. Os tomadores de decisão na cadeia alimentar têm tido dificuldades para fazer a escolha final quando se trata de refrigerantes e tipos de sistemas devido à quantidade de opções disponíveis. A refrigeração para supermercados tem sido um tema de destaque ambiental, ao mesmo tempo a eficiência energética ganhou prioridade máxima, a fim de economizar custos e reduzir a pegada de carbono. O CO2 está emergindo como um dos refrigerantes mais eficientes, seguros e limpos para o varejo de alimentos. Só em 2015, a Danfoss viu um aumento de mais de 20% da base instalada de sistemas transcríticos de CO2 em supermercados, em comparação com o ano anterior. Impulsionada pela regulamentação do F-gás na Europa e a SNAP nos EUA, está prevista a aceleração da instalação de sistemas de CO2 em 2016 e 2017, liderada pelos principais varejistas globais. O mercado está pronto para esta grande transformação na refrigeração do varejo de alimentos e as soluções técnicas necessárias já existem. Nos últimos 15 anos, a Danfoss e outros especialistas de refrigeração foram precursores em tecnologias para refrigeração transcrítica e hoje está disponível uma carteira de produtos completa e testada para soluções eficientes que respeitam o clima e a energia. * Julio Molinari é presidente da Danfoss na América Latina |