IAC desenvolve método de classificação por imagens digitais para evitar perdas em frutas de caroço
25.02.2021
As perdas de frutas e hortaliças constituem realidade que prejudica todo o mercado. Os prejuízos são sentidos nos bolsos de agricultores e dos demais profissionais dessas cadeias de produção, além de atingir também o orçamento dos consumidores. Com pesquisas na área de pós-colheita, o Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveu o método de classificação por imagens digitais, capaz de separar frutas de caroço, como ameixas, nectarinas e pêssegos. Este é um dos resultados de estudos voltados a técnicas que contribuem para reduzir as perdas desses e outros alimentos.
"Fazemos a imagem do produto e a classificamos por cor e tamanho por meio de processamento da imagem, usando os padrões estabelecidos em laboratório", explica a pesquisadora do IAC, Juliana Sanches de Laurentiz. Ela diz que é possível selecionar e classificar as frutas quanto ao tamanho e/ou coloração da casca com precisão e confiabilidade.
Dependendo do produto, é viável classificá-lo, por exemplo, em grupo de cultivares com características semelhantes. Dentro deste, abre-se o subgrupo, de acordo com a coloração de casca e/ou polpa. "A classificação em classe pode ser feita de acordo com o tamanho e em subclasse, conforme a coloração de fundo da epiderme; a categoria pode ser definida de acordo com a qualidade, entre outras características", comenta.
A falta de classificação contribui para ocorrer prejuízo após a colheita. Nesse caso, a classificação constitui a separação do produto em lotes visualmente homogêneos e com descrição de características mensuráveis, obedecendo a padrões pré-estabelecidos. No Brasil, as perdas são estimadas em torno de 40% de frutas e hortaliças.