Indústria química tem aumento de produção no segundo quadrimestre

Indústria química tem aumento de produção no segundo quadrimestre

04.10.2018

Os volumes de produção cresceram 9,08% no segundo quadrimestre em comparação com os quatro primeiros meses. No mesmo período as vendas internas cresceram 2,11% e o consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais a importação menos a exportação, cresceu 8%, segundo informações preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim.

Em relação ao segundo quadrimestre de 2017, o segmento também exibiu resultados positivos: a produção cresceu 1,42%, as vendas internas 0,75% e o consumo aparente nacional 1,3%. Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, a recuperação dá um alívio ao setor que vinha amargando sucessivas quedas entre março e maio. “Os dados sinalizam um movimento de recuperação de estoques na cadeia como um todo, também por conta da sazonalidade típica deste período do ano”.

De janeiro a agosto de 2018, sobre iguais meses do ano passado, o índice de vendas internas cresceu 2,55%. No período de setembro de 2017 a agosto de 2018, o índice de vendas internas cresceu 2,44%. “Essa melhora nas vendas internas mostra um ganho de participação de mercado para o produtor local em relação à demanda por produtos químicos no mercado nacional, que pode estar sendo influenciada pela volatilidade do dólar e também pela alta de preços dos produtos químicos no mercado internacional”, completa Fátima. Porém, o índice de produção apresentou declínio de 2,62% de janeiro a agosto deste ano, sobre igual período do ano passado, e de 0,44%, de setembro de 2017 a agosto de 2018. O CAN também apresentou resultado negativo em 4,6%, na comparação de janeiro a agosto, e queda de 2,4% nos últimos 12 meses.

Em agosto, o índice de utilização da capacidade instalada foi de 82%, mesma taxa de julho, e melhor nível operacional em todo o ano. Destacam-se, em agosto, os grupos de produtos solventes industriais, que operou a 89%, resinas termoplásticas, que rodou a 88%, e intermediários para fibras sintéticas, que exibiu taxa de ocupação de 86%. A média de utilização da capacidade instalada, de janeiro a agosto, foi de 77%.