Logística Reversa de Óleo Lubrificante: Exemplo Brasileiro na Gestão Sustentável de Resíduos
19.11.2024
O Brasil apresenta um dos menores índices de reciclagem do mundo, com apenas 4% dos resíduos reciclados, segundo a ONU. Embora a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tenha sido implementada em 2010, muitos setores ainda não se adaptaram às normas. Para reverter isso, o Ministério do Meio Ambiente prepara novos decretos com metas setoriais e responsabilidades claras para cada agente na destinação de resíduos.
No entanto, a logística reversa do Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC) se destaca como um exemplo de sucesso. Desde 1963, com a Resolução do Conselho Nacional do Petróleo – 6/63, o Brasil adotou o rerrefino como única destinação adequada para o OLUC, transformando-o em um novo produto.
“A logística reversa do OLUC no Brasil é um modelo pioneiro, com uma estrutura regulatória forte e um sistema que comprova a viabilidade de ações coordenadas entre todos os envolvidos”, afirma Aylla Kipper, presidente da AMBIOLUC.
O Brasil continua liderando a logística reversa globalmente. Segundo o estudo “The Road Ahead for the Global Used Oil Market” da Kline, o país destina mais óleo para rerrefino do que grandes potências como Estados Unidos, Japão e Canadá.
O rerrefino não só economiza recursos naturais, mas também evita o descarte inadequado de resíduos, protegendo o meio ambiente.