Produção brasileira de aço bruto cresce apenas 1,5% nos cinco primeiros meses do ano

Produção brasileira de aço bruto cresce apenas 1,5% nos cinco primeiros meses do ano

21.06.2018

A atividade da indústria do aço recuou de forma sensível em maio devido à greve dos caminhoneiros. A impossibilidade de escoamento da produção e a falta de matéria prima para a produção resultaram no abafamento de 16 altos-fornos, paralisação de 10 aciarias e de 15 laminações. A produção brasileira de aço bruto recuou 8,5% em maio frente ao mesmo mês de 2017, para 2,7 milhões de toneladas. A queda da produção de aço bruto fez o setor utilizar seus estoques para não afetar em igual escala a produção de laminados, que foi de 2,0 milhões de toneladas. Por ter uma base de comparação baixa em maio de 2017, a produção de laminados também foi impactada positivamente e cresceu 7,6% frente ao mesmo mês do ano anterior. A produção de semiacabados para vendas foi de 794 mil toneladas, um aumento de 7,3% em relação ao mesmo mês de 2017. Pelo mesmo motivo apurado na produção de laminados, a menor base de comparação de maio de 2017 também impactou positivamente a variação da produção de semiacabados de maio de 2018¹.

As vendas internas de maio de 2018 também foram muito afetadas pela greve e recuaram 17,8% frente a maio de 2017, para 1,2 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,4 milhão de toneladas em maio, 15,5% inferior ao apurado no mesmo mês de 2017.

As estatísticas de importações foram menos afetadas pela greve pelo fato do desembaraço aduaneiro ocorrer no próprio porto. Assim, mesmo se as mercadorias não chegarem ao destino serão computadas nas estatísticas de importações, caso tenham sido desembaraçadas. Em maio de 2018 foram importados 242 mil toneladas e US$ 233 milhões, o que representa um crescimento de 3,9% em quantum e uma alta de 6,4% em valor na comparação com maio de 2017.

Já as exportações foram muito afetadas pela greve devido à dificuldade dos produtos chegarem aos portos. Em maio, a quantidade exportada recuou 48,1% (para 753 mil toneladas) e caiu 35,6% em valores (para US$ 484 milhões) na comparação com o mesmo mês de 2017.