Raízen recebe maior peça para produção de Etanol de Segunda Geração em Barra Bonita

Raízen recebe maior peça para produção de Etanol de Segunda Geração em Barra Bonita

28.09.2023

 Raízen, empresa integrada de energia e referência global em bioenergia, recebeu na última semana o maior equipamento da planta dedicada à produção de Etanol de Segunda Geração (E2G), marcando o avanço das obras da unidade, localizada no Parque de Bioenergia Barra, em Barra Bonita, no interior de São Paulo. O “Reactor” de pré-tratamento, que possui 13 metros de comprimento e pesa aproximadamente 55 toneladas, é a maior peça em peso da unidade, que está prevista para ser concluída em 2024. Com tecnologia e engenharia feita com exclusividade para a companhia, o equipamento é nacional e foi produzido pela Asvotec, empresa de equipamentos industriais com sede em Monte Mor (SP), com uma liga metálica especial importada da Alemanha.

“O reator, juntamente com a rosca prensa (Screw press) e o aquecedor (Speed Heater), são responsáveis pelo início da transformação da biomassa em E2G como tecnologia única e exclusiva da Raízen e a chegada desse equipamento representa um marco importante para o Parque de Bioenergia Barra. Com essa entrega, iniciamos a montagem mecânica dos equipamentos, superando uma das principais etapas do processo de construção de uma planta de E2G”, comemora Luciano Zamberlan, diretor de projetos da Raízen. Ao todo, a peça percorreu cerca de 167 km de Monte Mor à Barra Bonita. “Esse momento que estamos vivenciando na unidade confirma e consolida a cadeia de fornecimento dos principais equipamentos da indústria do E2G, que era o principal desafio mapeado no início do projeto”, complementa.

Segundo Christian Mader, diretor geral da Asvotec, o fornecimento do pacote de equipamentos especiais para a Raízen foi um desafio importante para a empresa. “Investimos fortemente em maquinário de grande porte e de última geração, desenvolvendo processos de usinagem de ponta e ampliando nossa infraestrutura para atender a demanda da Raízen”.

A Raízen é a única produtora de E2G em escala industrial e a partir de 2024 se consolidará como o único produtor mundial a operar quatro plantas de etanol celulósico, concretizando o plano estratégico de expansão e ampliando o portfólio de soluções renováveis da companhia. Com a inauguração da primeira planta de E2G durante a safra 2014/15 no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, em Piracicaba (SP), e a unidade de Bonfim, em Guariba (SP), prevista para este ano, a companhia caminha para o cumprimento de sua agenda com este marco e com a entrega da planta de E2G no bioparque Univalem, em Valparaíso (SP) previsto para o segundo semestre de 2024. Com investimento por planta de bioetanol de cerca de R? 1,2 bilhão, até o ano-safra 2030-2031 a companhia visa ter 20 unidades de produção de etanol de segunda geração, representando uma capacidade instalada de fabricação anual de aproximadamente 1,6 milhão de metros cúbicos.

O E2G é produzido a partir de uma tecnologia proprietária da companhia, utilizando como insumo o bagaço da cana-de-açúcar, biomassa extraída do processamento da cana e produção do etanol de primeira geração (1G) e açúcar. Sendo um biocombustível avançado, ele tem potencial de elevar em cerca de 50% a capacidade de produção de etanol da Raízen sem adicionar nenhum hectare de terra a mais. Além disso, sua produção resulta em uma molécula com significativa redução de emissão de CO2, abaixo do etanol convencional. Isso torna o E2G um produto chave na transição energética, podendo ser usado para diversos fins além da mobilidade, oferecendo diversas soluções para aplicação industrial – como matéria-prima para produção de plástico verde, por exemplo.

Como uma empresa one-stop shop em soluções de energia e uma das pioneiras na aplicação do conceito de economia circular, além da produção de etanol de primeira e segunda geração, a Raízen também possui plantas de produção de biogás, biometano, energia solar e outras fontes renováveis em operação e construção. Até 2030, a companhia possui metas para reduzir a pegada de carbono ao longo da cadeia de produção do etanol e açúcar em 20% e aumentar em 80% a produção de energia renovável.