Relatório da DHL aponta que volume global de comércio de bens ficou 5% acima do nível pré-pandêmico
05.12.2021
A DHL e a NYU Stern School of Business divulgaram a 10ª edição do DHL Global Connectedness Index. O relatório fornece uma nova visão sobre o impacto da pandemia na globalização por meio da análise dos fluxos internacionais de comércio, capital, informação e pessoas. Embora existam diferentes tendências transversais aos tipos de fluxos, o DHL Global Connectedness Index sofreu apenas um declínio muito modesto em 2020 e está no caminho para aumento em 2021. Porém, o stress test da Covid-19 também revelou vulnerabilidades que exigem atenção no futuro.
"Muitos temiam que a crise global pudesse comprometer o progresso da globalização. Analisamos os vários fluxos internacionais em todo o mundo há anos e, após um ano e meio, podemos afirmar com total confiança que a pandemia não causou o colapso da globalização. Após as quedas iniciais de indicadores em 2020, o DHL Global Connectedness Index já está subindo novamente neste ano", afirma John Pearson, CEO da DHL Express. "O comércio atuou como um verdadeiro "balão de oxigénio" para países de todo o mundo e a DHL Express tem desempenhado um papel fundamental em áreas que vão desde a distribuição de vacinas ao comércio eletrónico.”
Após uma queda abrupta no início da pandemia, o comércio de mercadorias se recuperou para um nível acima do registrado ao final de 2020. Os fluxos de investimento direto estrangeiro tiveram uma contração ainda maior do que o comércio no ano passado, mas estão no caminho para uma recuperação total em 2021. Os movimentos de dados dispararam em 2020 à medida que as interações presenciais deram lugar à online. Por último, o trânsito internacional de pessoas foi um dos mais atingidos pela pandemia, com queda de 73% em 2020, e está se recuperando lentamente.
"A resiliência dos fluxos globais é uma boa notícia, porque um mundo conectado oferece as melhores perspetivas para uma recuperação forte e sustentável da pandemia da Covid-19. Quando ocorre uma crise, muitos de nós sentimos um forte impulso natural para recuarmos e ficarmos dentro das nossas próprias fronteiras. Mas quanto mais extremo for o desafio, mais urgente se torna aproveitar as melhores ideias e os melhores recursos nos fronts doméstico e internacional”, afirma Steven A. Altman, investigador principal e diretor da DHL Initiative on Globalization na NYU Stern.
O aumento do comércio internacional desde meados de 2020 ultrapassou de longe as previsões iniciais, mas o mix de bens comercializados mudou mais do que o habitual, com destaque para itens utilizados para combater a pandemia. No entanto, contrariando as expectativas de que a pandemia causaria uma mudança para um modelo de vendas mais regionalizado, houve mais vendas em longa distância em 2020.
Entretanto, os países mais pobres do mundo ainda estão atrasados na recuperação da globalização. Mesmo quando o comércio estava alcançando novos recordes no início deste ano, os países com baixo rendimento per capita continuavam vendendo menos do que em 2019. Do mesmo modo, o investimento estrangeiro direto nestes países caiu durante o mesmo período, ao passo que cresceu fortemente em países de rendimento médio e alto. Os países mais pobres do mundo continuam perigosamente desconectados, e laços mais fortes com o mundo poderiam ajudar a acelerar a sua recuperação da pandemia de Covid-19.