Serviço Geológico do Brasil lança publicações inéditas sobre potencial de Fosfato no país

Serviço Geológico do Brasil lança publicações inéditas sobre potencial de Fosfato no país

20.02.2018

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) lançou nesta terça-feira, dia 20/02, duas publicações inéditas que identificam regiões potenciais para fosfato no Brasil. As áreas pesquisadas estão localizadas na Bacia dos Parecis, sudeste de Rondônia, e Bacia Sergipe-Alagoas, nas proximidades de Aracaju.

O fosfato é um insumo utilizado na indústria de fertilizantes, na qual o Brasil possui forte dependência externa, e as pesquisas realizadas pela CPRM abrem espaço para o desenvolvimento econômico do país. De acordo com o chefe do Departamento de Recursos Minerais da CPRM, Marcelo Esteves de Almeida, a pesquisa na Bacia dos Parecis, que envolveu análise em profundidade, de variação de teor do fosfato e análises químicas de superfície indica potencial para exploração do fosfato, que deve despertar interesse do segmento industrial relacionado à mineração e ao agronegócio. “Identificamos na pesquisa uma configuração geológica semelhante à Bambuí em Minas Gerais, atual região produtora de fosfato”, afirmou. Da mesma forma em Sergipe e Alagoas, a pesquisa atualizou ambiente geológico da bacia com as análises de superfície, confirmando novo potencial mineral na região. 

Na abertura do evento, o presidente Esteves Colnago destacou que a publicação destes produtos visa enfatizar o papel da CPRM como indutor do conhecimento geológico e dos recursos minerais no País, estimulando a a atração de investimentos, com efeito na geração de empregos, renda e desenvolvimento social. “Considerando a crescente demanda por alimentos e seu potencial na produção agrícola, o Brasil deve eleger o fosfato como insumo vital para o seu desenvolvimento. Com essa visão, a CPRM tem enfatizado esse trabalho e apresenta hoje dois produtos que podem fomentar a exploração do fosfato em duas áreas estratégicas para a agricultura no país”, afirmou.

O superintendente regional de Salvador, José Ulisses Bandeira Pinheiro, ressaltou a importância do trabalho pesquisa do fosfato para o país, ressaltando que o projeto teve início em 2011, continuidade em 2016 e chaga a sua terceira etapa em 2018. “A equipe técnica de Salvador tem orgulho de ter se dedicado a todas as etapas do projeto”, pontuou.

Os produtos foram apresentados pela geóloga da CPRM Ioná de Abreu Cunha. As publicações são destinadas à comunidade técnico-científica, aos empresários do setor mineral e do setor de agronegócio. Integram a série Insumos Minerais para a Agricultura e trazem os resultados alcançados na terceira fase de desenvolvimento do Projeto Fosfato Brasil iniciado em 2011, que tem como objetivo a ampliação das reservas brasileiras de fosfato a partir da avaliação do potencial para novos depósitos, mitigando o risco do investidor do setor mineral.

O evento ocorreu no auditório da Agência Nacional de Mineração em Salvador e contou com a presença do Diretor-Presidente da CPRM, Esteves Colnago; do Diretor e Geologia e Recursos Minerais, José Leonardo Andriotti; o diretor-técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, Rafael Avena Neto; o geólogo Claudio Lima da Agência Nacional de Mineração; o superintendente regional da CPRM, José Ulisses Bandeira Pinheiro; o chefe do Departamento de Recursos Minerais da CPRM, Marcelo Esteves de Almeida, a chefe do Departamento de Geologia, Lucia Travassos da Rosa Costa.