Tecnologia para tratamento corretivo e preventivo de incrustações de águas industriais
24.04.2021
O controle de incrustações de águas industriais é desafiador sendo um dos problemas que afeta grande parte das indústrias que necessitam de geração de vapor e resfriamento. “O impacto econômico de incrustações em trocadores de calor na indústria brasileira é estimado em R$ 15 bilhões por ano”, comentou Luís Meneses Filho, vice-presidente do Grupo Solavite, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, realizado no dia 7 de abril. Segundo Meneses, as incrustações na indústria trazem baixa confiabilidade de sistemas de produção, comprometem a vida útil de ativos, diminuem a produtividade e aumentam os custos. “A incrustação forma um isolante térmico que reduz a eficiência de troca térmica em caldeiras, torres de resfriamento e chillers. Para cada 1 mm de incrustação tem-se um aumento de custo energético de 5 a 10%”, acrescentou.
Menezes citou os princípios de diversas tecnologias de tratamento de água, entre eles, magnetos, eletrostático, indução de corrente alternada, químicos (abrandadores e dispersantes), mas se fixou na catálise diamagnética, que altera os padrões de atração magnética dos sais incrustantes, mantendo-os na solúveis e não precipitados. “Destes tratamentos, o de catálise diamagnética é o único que atua tanto corretivamente quanto preventivamente”, afirmou o executivo, acrescentando também que é muito eficiente em águas com dureza alta, e elevada concentração de sulfatos e de sílica. “A tecnologia Solavite Hydro é um processo único porque trata simultaneamente incrustações formadas por carbonatos, sulfatos, silicatos, parafinas e óxido de ferro”, ressaltou.
O executivo explicou que a tecnologia tem base na mecânica quântica, que afeta o momento magnético dos átomos em suspensão no fluido, alterando o padrão de atração e cristalização de agentes incrustantes. Por meio de catálise por indução eletrostática dos elementos contidos no fluido tratado, atua sobre as propriedades físicas das moléculas. “Altera a força de atração molecular dos sais, impondo um comportamento de repulsão em vez de atração dos átomos presentes no fluido. Assim, inibe a precipitação de sais minerais e remove as incrustações, sem alterar as propriedades químicas do fluido”, concluiu.
Segundo João Moura, presidente da Abrafiltros “trata-se de um debate importante na busca de alternativas que auxiliem as industriais em seus processos. As novas tecnologias são sempre bem-vindas, principalmente, quando comprovados seus resultados de melhoria”.