Veículos elétricos individuais devem ganhar mais usuários depois da pandemia

Veículos elétricos individuais devem ganhar mais usuários depois da pandemia

05.05.2020

A pandemia do coronavírus traz à tona muitas reflexões sobre nossos comportamentos em sociedade, hábitos, relacionamentos e estilo de vida. Neste contexto, e nessa nova forma de enxergar como cuidamos do planeta, da nossa qualidade de vida e da nossa segurança, novas tendências para a mobilidade urbana, sobretudo nas grandes cidades, devem ser reavaliadas. E a mobilidade por meio dos veículos elétricos individuais portáteis – monociclos, patinetes ou bicicletas – deve ganhar cada vez mais adeptos em busca de um meio de transporte mais inteligente, divertido, ecologicamente correto e seguro, pois evita aglomerações de pessoas.

Há uma percepção que parece unânime: a pandemia terá efeitos perenes sobre o nosso estilo de vida, a começar pelo uso do transporte coletivo. A quarentena que vivemos tem como principal objetivo evitar aglomerações, pois o vírus é facilmente transmitido nestas situações. O transporte coletivo, especialmente nas grandes cidades brasileiras nos horários de rush, é sinônimo de aglomeração. “É por isso que o transporte individual deve despontar, mesmo depois da crise, como uma nova tendência no mundo todo, e também nas metrópoles brasileiras. Ir para o trabalho conduzindo um veículo elétrico portátil e pessoal é muito mais seguro. O melhor exemplo é o monociclo elétrico, um equipamento de mobilidade individual, rápido e versátil”, afirma Márcio Canzian, CEO da Eletricz, distribuidora que opera no mercado brasileiro desde 2018 e já virou referência no segmento de monociclos elétricos. Ele também é diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

“Para que isso aconteça, porém, é urgente que as cidades acelerem seu movimento de mudança. Precisamos criar espaços seguros para que todos circulem em segurança. É um movimento mundial no qual cada ponto do planeta está num degrau de desenvolvimento”, acrescenta. Cidades como Paris e Barcelona, por exemplo, já investem pesado na micromobilidade, criando redes muito mais extensas de ciclovias, ciclofaixas e ciclorotas do que São Paulo e outras cidades brasileiras. Na avaliação do CEO da Eletricz, outro ponto que ainda requer propostas mais aprimoradas é a criação de linhas de crédito especiais por parte de bancos e financeiras, que tornem a adesão aos modais elétricos portáteis mais acessível para a população que utiliza o transporte coletivo, mas deseja mudar seu estilo de vida. “Isso é fundamental para quebrarmos a dependência deste tipo de locomoção, reduzindo a aglomeração, os congestionamentos, e melhorarmos nossa qualidade de vida”, diz Canzian.